O prédio em construção que desabou na noite de segunda-feira, no bairro Vila Leonor, em Guarulhos (SP), tinha rachaduras nas paredes, segundo um operário que trabalhava na obra. O ajudante de pedreiro André Rodrigues Santana, 24 anos, disse que já havia avisado a seus superiores sobre o problema. "Eu já tinha percebido as rachaduras. Todo mundo falou que esse prédio uma hora ia cair. Todo mundo estava sabendo. Tinha trincas nas paredes e já tínhamos avisado os mestres da obra", afirmou ele.
Santana trabalhava na obra do prédio havia seis meses. Ontem, ele deixou a construção por volta das 18h, cerca de uma hora antes de a estrutura desmoronar.
Outro operário disse que a construtora Salema, empresa responsável pela obra, não fornecia equipamentos de segurança a todos os obreiros. O encanador Mário Ferreira dos Santos, 62 anos, afirmou que trabalhava sem capacete ontem, algumas horas antes do desabamento.
O encanador conhecia o ajudante-geral Edenilson de Jesus do Santos, que está desaparecido desde o desmoronamento. Segundo o Corpo de Bombeiros, o homem utilizava um dos subsolos do local como alojamento.
O funcionário da construção só soube que o prédio onde trabalhava havia desabado na manhã desta terça-feira, quando chegou para trabalhar. "Em casa, fiquei sabendo que tinha desabado uma obra em Guarulhos. Não sabia que era aqui. Vim trabalhar e fiquei surpreso quando cheguei. Se eu fizesse hora extra, poderia estar aí."
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